terça-feira, 24 de setembro de 2013

Doce Gabito

Ando com muita vontade de reler alguns livros, principalmente Cem anos de solidão, que já foi lido duas vezes, mas que é um daqueles livros que podemos ler pela vida inteira, certos de que cada leitura será única e desvendará um universo novo, que não tinha sido percebido na primeira vez. 

Bom, isso tudo não é só para dizer que me rendi à nova edição de Cem Anos de Solidão que encontrei na livraria, porque achei que Gabo merecia um exemplar novo na minha estante. A minha edição surradinha, cheia de anotações minhas e de minha irmã, vai ficar de lembrança. Temos afeto por ela. É parte de nossa história. 

Então me lembrei do segundo livro de Francisco Azevedo que estava na minha estante esperando para ser lido desde o ano passado e, veja só, ele fala muito de Gabriel Garcia Márquez e Cem anos de solidão. Na verdade, a narradora da história, Gabriela Garcia Márquez, tem Gabo como amigo imaginário e anjo guardião. No decorrer da história, personagens do clássico colombiano aparecerão no enredo e interferirão no destino da menina Gabriela.


Já tinha mencionado o escritor Francisco Azevedo aqui no blog quando comentei sobre o livro O Arroz de Palma, que me conquistou não apenas pela capa linda, mas pela doçura e sensibilidade do texto. Nele Francisco Azevedo fala de família de um jeito que nos transporta para o nosso próprio universo familiar, para nossas próprias lembranças.

Foi com uma expectativa bem maior que encontrei Doce Gabito, que dessa vez prometia falar de uma paixão que compartilhamos: a literatura. E de como nossa capacidade de imaginação torna a vida diferente. E como a literatura interfere diretamente no universo real em que vivemos.

A narrativa continua sendo poética, com frases curtas e sutis, mas que dizem muito. É como se estivéssemos sentados ao lado do escritor, bebericando uma xícara de chá e ouvindo suas histórias. Achei o livro muito envolvente, a história muito bem pensada e terminei de ler com mais vontade ainda de ler Cem anos de solidão outra vez.

Francisco Azevedo. Doce Gabito. Rio de Janeiro: Record, 2012.

4 comentários:

Michelle disse...

Que bom ver esse livro por aqui! Comprei o meu no mês passado, meio que por acaso. Vi a capa linda, gostei do título e fui espiar, já que estava em promoção. Lógico que eu não ia deixar de comprar uma história que tem a ver com Gabo. Sinto que vou gostar da leitura :)

Pipa disse...

Oi, Michelle!

Que legal! Depois me conta suas impressões sobre o livro!

beijos,

Pipa

mm amarelo disse...

Nossa, preciso LER "Cem anos de solidão", isso sim! Chego a ficar irritada por não ter lido certas coisas, mas sei que isso vai se resolvendo com o tempo, no ritmo certo, e que preciso ter paciência. Mas, ó, antes do fim do ano pretendo ler o homem, promessa,rs.

PS: adoro histórias com amigos imaginários. Uma vez ouvi uma menininha dizendo que o dela, morava em seu ombro, e tinha "todas as cores do mundo". Lindo.

Pipa disse...

Maira,

Há muitos livros que também tenho que ler e às vezes bate uma angústia de saber que talvez não consiga ler nem 1/3 deles.
Mas tive a sorte de ler Cem anos de solidão quando era menina, é um livro muito querido. Mas Maira, espero que você leia ele logo, quem sabe você, que tem um blog amarelo, vai conseguir me explicar a poesia do amarelo, seja em flores que brotam do chão, ou numa revoada de borboletas amarelas, que permeiam as cenas mais poéticas desse livro :)

um beijo,

Pipa