domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sputnik Sweetheart

"De modo que é assim que vivemos as nossas vidas. Não importa quão profunda e fatal seja a perda, o quão importante fosse o que nos roubaram - que foi arrebatado de nossas mãos - , mesmo que mudemos completamente com somente a camada externa da pele igual à de antes, continuamos a representar as nossas vidas dessa maneira, em silêncio. Aproximando-nos cada vez mais do fim da dimensão do tempo que nos foi estipulado, dando-lhe adeus enquanto vai minguando. Repetindo, quase sempre habilmente, as proezas sem fim do dia-a-dia. Deixando para trás uma sensação de vazio imensurável."

Haruki Murakami. Minha querida Sputnik. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. Pág. 232

Um comentário:

Felicidade Clandestina. disse...

dando adeus enquanto as coisas todas vão minguando...


incrivel!