O escritor inglês Kazuo Ishiguro ganhou hoje o Prêmio Nobel de Literatura 2017 "por seus romances de grande força emocional que revelaram o abismo sob o nosso senso ilusório de conexão com o mundo", disse a Academia Sueca. Eu sempre lamento quando o prêmio não vai para uma escritora, mas hoje confesso que fiquei feliz com a premiação, pois Ishiguro escreveu um dos livros da minha vida (aquela listinha seleta de livros que me emocionaram muito e com os quais me identifiquei profundamente): Os vestígios do dia é um dos livros mais bonitos que eu já li. O filme, adaptado para o cinema em 1993, com Anthony Hopkins e Emma Thompson, também é incrível. (Clique para ver o filme). Também gostei bastante de Não me abandone jamais (Never let me go), que já virou filme.
Kazuo Ishiguro nasceu em 8 de novembro de 1954, em Nagasaki, no Japão. A família mudou-se para o Reino Unido quando ele tinha cinco anos. Ele só voltou para visitar seu país de origem quando adulto. No final dos anos 1970, formou-se em Inglês e Filosofia pela University of Kent, e depois estudou escrita criativa na University of East Anglia. Desde a publicação de seu primeiro romance, Uma pálida visão dos montes (A Pale View of the Hills) em 1982, é escritor em tempo integral. Ele ganhou o Booker Prize em 1989 por Os vestígios do dia. Os temas mais associados às suas obras são a memória, o tempo e a desilusão. Seus dois primeiros romances são ambientados em Nagasaki, logo após a Segunda Guerra Mundial. Além dos oito livros publicados, Ishiguro também escreveu roteiros para o cinema e televisão.
(1982) Uma pálida visão dos montes (A Pale View of Hills)
(1986) Um artista do mundo flutuante (An Artist of the Floating World)
(1989) Os vestígios do dia (The Remains of the Day)
(1995) O Inconsolável (The Unconsoled)
(2000) Quando Éramos Órfãos (When We Were Orphans)
(2005) Não me abandone jamais (Never Let Me Go)
(2015) O Gigante Enterrado (The Buried giant)
(Informações traduzidas por mim e extraídas do site da Academia Sueca, aqui ).
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