Valter Hugo Mãe em "O Nosso Reino"
Quando termino de ler um livro do Valter Hugo Mãe geralmente fico sem saber se sou capaz de dizer qualquer coisa sobre ele, algo que faça jus à beleza desse texto, aos pensamentos e sentimentos que ele desperta em nós. Foi assim com O Nosso Reino. Eu gostaria de comentá-lo aqui, mas hoje vou recorrer ao Daniel Pennac e ao meu direito de calar:
"Aquilo que lemos, calamos. O prazer do livro lido, guardamos, quase
sempre, no segredo de nosso ciúme. Seja porque não vemos nisso assunto
para discussão, seja porque, antes de podermos dizer alguma coisa,
precisamos deixar o tempo fazer seu delicioso trabalho de destilação. E
este silêncio é a garantia de nossa intimidade. O livro foi lido, mas
estamos nele, ainda. Lemos e calamos. Calamos porque lemos".
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