sexta-feira, 7 de maio de 2010

Momo e o senhor do tempo


Às vezes, basta um trechinho de um livro para despertar em nós o desejo de ler. Foi assim com Momo, quando tive a oportunidade de ler um pequeno trecho na minha aula de alemão. E desejando ler a história inteira, saí em busca do livro, feito uma criança. Não me arrependi.
Enganam-se os que talvez estejam torcendo o nariz para o livro se pensam que é um livro apenas para crianças só porque pode ser encontrado na seção de livros juvenis das livrarias. Não é. A história de Momo nos faz pensar sobre o tempo e sobre os tempos modernos de uma forma tão delicada e tão bonita que pode ser muito útil para muitos adultos dos dias de hoje. Felizes as crianças que puderem lê-lo, mas talvez mais felizes sejam os adultos que possam se reencontrar ao ler esse livrinho amarelo.
É um favorito.


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"Existe um mistério muito grande que, no entanto, faz parte do dia-a-dia. Todos os seres humanos participam dele, embora muito poucos reflitam sobre ele. A maioria simplesmente o aceita, sem mais indagações. Esse mistério é o tempo.
Existem calendários e relógios que o medem, mas significam pouco, ou mesmo nada, porque todos nós sabemos que uma hora às vezes parece uma eternidade e, outras vezes, passa como um relâmpago, dependendo do que acontece nessa hora. Tempo é vida. E a vida mora no coração." [pág.53]
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“Es gibt ein groβes und doch ganz alltägliches Geheimnis. Alle Menschen haben daran teil, jeder kennt es, aber die wenigsten denken je darüber nach. Die meisten Leute nehmen es einfach so hin und wundern sich kein bisschen darüber. Dieses Geheimnis ist die Zeit. Es gibt Kalender und Uhren, um sie zu messen, aber das will wenig besagen, den jeder weiβ, dass einem eine einzige Stunde wie eine Ewigkeit vorkommen kann. […] Denn Zeit ist Leben. Und das Leben wohnt im Herzen.”

Michael Ende. Momo e o senhor do tempo. Martins Fontes, 1995. 

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