Para encerrar o ano (será que amanhã eu vou querer escrever aqui? não sei...) vou citar Adélia Prado, que tem o coração disparado, feito os nossos, quase sempre cheios de esperança. E que para o desejo de nosso coração o mar continue sendo sempre só uma gota.
"Ser brasileiro me determina de modo emocionante
e isto, que posso chamar de destino, sem pecar,
descansa meu bem-querer.
Tudo junto é inteligível demais e eu não suporto.
valha-me noite que me cobre de sono.
O pensamento da morte não se acostuma comigo.
estremecerei de susto até dormir.
E no entanto é tudo tão pequeno.
Para o desejo do meu coração
o mar é uma gota."
Adélia Prado. O coração disparado. Record, 1978.
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